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Capítulo 4.3 em construção...
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

3.1 Caça Noturna

- Olá Mikael. - voltou-se para o velho Pardal, agradeceu e ele foi embora.
Por um momento, Mikael se sentiu receoso por ser "abandonado" pelo Pardal, ali, com aquela mulher quarentona e rica que ele nunca tinha visto na vida.
- Eu sou Talita! Pode deixar seu casaco aí - apontou para um cabideiro atrás da porta de entrada. - Vamos até a sala de estar, é mais confortável para conversarmos.
Uma casa bonita por fora e por dentro. Será que ela mora sozinha aqui? Nisso, chegaram à sala, onde um homem, Ricardo, admirava a arquitetura e decoração.
- Ricardo e Mikael, eu vos apresento um ao outro. Vocês tem muita coisa em comum, a começar pelo Rio de Janeiro, de onde os dois vieram.
Os dois ficaram confusos, nenhum sabia direito por que estavam ali, e um pensava que o outro tinha mais conhecimento do que estava acontecendo. Talita rompeu o silencio.
- Ok. Vou ser bem direta. Vocês dois são... Licântropos, digamos, e sofrem os mesmos sintomas nas noites de lua nova.
- Ahn... Lobisomens? - os dois se perguntaram juntos, mas foi Ricardo quem verbalizou.
- Não. - Talita endureceu o olhar, estava menos simpática e mais séria agora - Não lobos. Somos uma espécie diferente.
- Somos?! - Perguntou Mikael - Então você também é?! E o velho e o homem negro também!
- Não se precipitem. - suspirou e esperou alguns segundos - Certo? Não se precipitem. Eu vou explicar primeiro. Sentem.
Ricardo se sentou no mesmo sofá que estava antes, de três lugares. Mikael ficou em uma poltrona de couro marrom, e Talita andou três passos para um lado e depois para o outro, pensativa, antes de se sentar na poltrona maior, de cor de vinho.
- Pardal e Roberto não são licântropos. Mas também não são gente comum, eles são de uma espécie de classe inferior, que há muito tempo tem servido... a nós. - olhou para eles já esperando vir a pergunta sobre "quem somos nós".
- Nós somos uma espécie poderosa que há séculos têm se escondido em meio a "humanidade", as pessoas comuns. Isso porque concordamos em não mais causar desordem e mortes desnecessárias. - Levantou-se da poltrona e caminhou até um quadro que representava um vilarejo no campo, incendiado e abandonado - Nós somos Slachtens, da tribo Nekot. Da antiga tribo Nekot. E essas palavras são do idioma Lugha, que quase ninguém conhece. Nem mesmo é encontrado nos livros - virou-se para eles, rindo, e voltou a se sentar.
- Literalmente, Slachten quer dizer "besta", e Nekot, "leste". Somos as bestas do leste! Eu, na verdade, apenas eu. Eu sou uma Slachten pura, nasci de um casal de Slachtens, meus ancestrais todos são Slachtens. Vocês não, vocês receberam essa... esse dom. - sorriu para eles - para que pudessem me ajudar.
- Ajudar?
- Eu sou a única que sobrou dos Slachtens, depois de nossos inimigos aniquilarem quase todos nós. E eles ainda estão aí, pensando que estamos todos mortos. Mas eu estou viva, e agora estou recrutando vocês.
O celular de Talita toca, ela verifica o número, pede licença e sai da sala para atender.


2 comentários:

alanas disse...

Agora, enquanto Talita está no telefone, abre-se a possibilidade de interação entre os personagens Ricardo e Mikael. Have fun!

Molina disse...

[Ricardo]
"Muito bem... A coisa é mais estranha do que eu imaginei".
Ricardo não sabe o que pensar. Ele olha para Mikael. O que se pode dizer em um momento como esse?