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Capítulo 4.3 em construção...
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quarta-feira, 5 de maio de 2010

4.1 Ratos de laboratório

Dionísio desperta, com dores no corpo inteiro. Está sozinho em uma sala clara e arejada. Seria um hospital? Como foi parar ali. Lembrou-se do que aconteceu na noite anterior e demorou alguns minutos para assimilar tudo. Será que tinha sido carregado até ali por aquela criatura? Descobriu-se do edredom verde oliva e saiu da cama. Logo percebeu que estava com uma camisola lisa, sem estampas de qualquer hospital.
Vai até a sacada, que é pequena, totalmente gradeada, com uma vista para pequenos prédios residenciais. Pelo que percebe, está no segundo andar de uma casa. E aquele pequeno jardim deve ser os fundos do terreno.
Seu estômago ronca. Volta para dentro do quarto, dá uma bisbilhotada, no armário vazio (apenas com pastilhas de naftalina e roupa de cama), no pequeno banheiro, limpo e cheiroso, e por fim no criado mudo, onde encontra seus documentos e cartões, sem a carteira.

Ricardo acorda em seu quarto na pensão. O sol já está alto. Como foi parar ali? Levantou-se, e não sentiu muita dor de cabeça, mas sim uma incrivel moleza. Foi até o banheiro, lavou o rosto. Nisso, seu colega de quarto entrou. Ricaro nem tenta ganhar simpatia, apenas cumprimenta-o de leve.
Inexperavelmente, é o fortão quem fala:
- Tomou todas hein? Cê tá com uma cara de merda.
- Ah - Ricardo demora um pouco para responder - Pois é. Manoel... certo?
O homem apenas lhe lançou um olhar.
- Sabe me dizer... Como é que eu cheguei aqui ontem? - riu com certa carisma
Manoel deu de ombros:
- Não passei a noite aqui.
Depois disso foi embora. Ricardo foi novamente para o banheiro para tomar um banho. Como de costume, vasculhou os bolsos da calça e casaco antes de tira-los. Carteira, moedas soltas, outros objetos insignificantes... E um papel amarelo dobrado. Abriu-o: "Volte para minha casa antes do anoitecer. De preferencia, traga seus pertences. Talita"
Ok. Era de se esperar. Mas antes de qualquer coisa, melhor tomar um café da manhã/almoço... E antes disso tomar um banho.


Dois rapazes barulhentos entrando no quarto da pensão, e interrompem o sono de Mikael
- Ô mano, foi mal ae.
Suspira, esfrega os olhos. Como aquela mulher conseguiu trazer ele até ali? Ah claro, ela tem ajudantes.
Está com as mesmas roupas da noite passada, é bom tomar banho... Mas está morrendo de fome, então decide procurar alguma padaria ou bar. Ao se levantar, sente seu corpo pesado e tonto. Tudo bem, menos pior do que aquelas dores de cabeça do inferno. Ao sair do quarto, tomba e tropeça nos moveis pelos quais passa. 
- Cê tá bem? - pergunta um dos caras que está por ali
- To sim. - Mikael sacode a cabeça. Melhor se concentrar a cada passo.
Sai para a rua, tem sol, mas está frio e ventando um pouco. Por estar no centro, a sombra dos edificios apenas esfria mais ainda os corpos transeuntes.
Encolhe-se no seu casaco e mete as mãos nos bolsos. E encontra um bilhete. Talita dizendo para que ele volte lá e leve suas coisas. Será que ela tá querendo dizer que vai me hospedar? Um pensamento que passou rapidamente pela sua cabeça.
Botou o bilhete no bolso e entrou numa lanchonete.

Jacques abre os olhos, o corpo inteiro dói, principalmente a cabeça, que lateja como se tivesse sido atingida por uma bigorna. Onde estou? Tudo está confuso. Não se lembra do que aconteceu na ultima noite... Será que aconteceu de novo? Com os olhos cerrados pela claridade e o corpo letárgico, verifica se suas vestes estão cobertas de sangue, como nas outras vezes. E percebe que não está com suas roupas, mas com uma camisola branca. De repente, tudo fica claro em sua mente:
Me pegaram!
O jovem estudante havia fugido de Foz do Iguaçu por medo de estar sendo investigado pela policia, em decorrencia dos eventos que tem acontecido em sua vida, como roupas ensanguentadas (que Jacques queimou antes que os oficiais apreendessem como evidencia) e falta de álibis convincentes. Mas agora estava ali. Naquele lugar estranho, a um passo do interrogatório e dois da prisão.
- Levante-se. - disse uma voz feminina que pelo jeito já estava ali desde que ele tinha acordado.
Jacques levantou-se levemente para ver a mulher.
Ela sorriu.
- Oi. Meu nome é Talita. Você deve ter um nome também.
- J-Jacques... Pompadeur.
- Hm... Francês. - desencostou-se da mesa onde estava apoiada e andou em direção ao jovem.
- Creio que você não se lembra do que aconteceu na noite passada. - ele realmente não lembrava.
- Mas faço ideia.
Talita olhou bem para ele.
- E isso... que tem acontecido com você... tem te incomodado?
- Bem - começou rindo, mas logo uma sensação de desgosto o invadiu. - Perdi minha familia, meus estudos, minha vida. - Terminou por aí, antes que aumentasse a vontade de chorar.
- Vou te ajudar a lidar com isso. - Foi até a mesa onde estava antes, onde haviam alguns objetos depositados.
Então Jacques sentiu uma pitada de raiva. O que aquela mulher sabia sobre o que estava acontecendo?
- Quem é você? - perguntou, agressivo.
- Já me apresentei. E já disse que estou disposta a te ajudar. - Virou-se para ele novamente, com uma seringa na mão - Não precisa se preocupar...

4 comentários:

walderlopes disse...

[DIONÍSIO]

"Sem a carteira", pensou. Mas o que era uma porcaria de carteira depois da noite passada. Desde Uberaba já fazia uma idéia do que estava acontecendo, mas a noite anterior foi chocante. E haviam *outros*.

"Mas que diabos... Bom, preciso saber como cheguei aqui, pra depois saber como *sair* e ir pra Universidade". E então lembrou-se do hotel. "Putamerda, o que será que aconteceu no hotel"? Dessa parte ele não lembrava. "Tomara que ainda seja possível voltar pra lá".

Levantou-se, foi até a porta da sala-que-parecia-de-hospital.

Trancada.

Felipe Nathan! disse...

"op-opaa que isso? que tipo de ajuda me passara? afinal quem e vc onde estou como vim parar aqui? o que eu souu?"
tento ao maximo nao deixa-la chegar muito perto .

Unknown disse...

Mikael checa o dinheiro na carteira e pede algo dentro de sua condição para comer.
"As peças estão se juntando, interessante, a aparição de Talita na historia é algo que se deve pensar, ela estaria ali para nos ajudar como uma boa samaritana ou estaria apenas nos usando?" pensou Mikael enquanto esperava pela comida "seja como for ela sabe demais sobre mim e estes outros que ela atraiu para a cidade, se é que eles não sabem o que esta acontecendo..."
A comida chega e Mikael come rápido e sai da lanchonete, vai até uma lan house e começa a investigar o endereço de Talita, em nome de quem esta o endereço, quem é essa pessoa, o que ela faz e coisas assim.

Passa um tempo nisso e volta para a casa arrumar suas coisas e se preparar para ir a casa de Talita, se possivel pega uma faca de cortar carne na cosinha e leva por segurança.

(Ações de Mikael):
1 - Investigar na internet sobre o endereço onde encontrou Talita tentando encontrar algo relevante.

2 - Conseguir uma faca ou outra arma para se defender e coloca-la junto com seus pertences.

3 - Ir para casa de Talita.

Molina disse...

[Ricardo]
Isso tudo é bom demais para ser verdade! Quantas pessoas podem dizer que já passaram por uma situação tão bizarra em suas vidas? Ele toma banho enquanto repassa os acontecimentos. Ele reconhece que é bem provavel que ele tenha enlouquecido de vez, mas isso não torna as coisas menos interessantes. Talvez seja isso que ele estivesse procurando. Talvez ele tenha encontrado algo que possa dar algum sentido à sua vida.

Ele deita na cama e anota todos os detalhes possíveis sobre o que está acontecendo. Por garantia, escreve usando uma cifra de substituição.

Ele vai até uma lan house e escolhe um computador no canto. O atendente acha suspeito aquele gaúcho ansioso querendo esconder o que está fazendo no computador.
Ele cria uma conta de e-mail gratuita e envia para ela todas as suas anotações.

Ações finais:
1- Pesquisar no google se é possível programar o servidor para enviar para todos os seus parentes e amigos um e-mail com o login e senha desse endereço se ele não acessá-lo por duas semanas.

2- No horário adequado, ir para a casa de Talita.