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Capítulo 4.3 em construção...
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segunda-feira, 10 de maio de 2010

4.2 Ratos de Laboratório

- Oh - disse Talita, se afastando com a seringa - desculpe, Jacques, não queria te assustar. Estou com a cabeça tão cheia de coisas que esqueci de te dizer o que é isso - olhou para a seringa.
- E o que é? E o que é tudo isso? - Jacques se levantava da cama
- Por favor, fique aí, vou te explicar tudo. Isso aqui é um composto que vai te estimular a se transformar novamente.
- T-transformar? - Jacques estava confuso, não sabia nada de transformações. O que sabia era que as vezes tinha blecautes e acordava em um lugar diferente e com as roupas sujas.
- Você não sabe então... - Talita deixou a seringa de lado e se sentou numa poltrona de couro que tinha em um canto. - Por favor, sente-se também - Apontando para a outra poltrona.

Mikael não encontrou nada na internet que falasse sobre o endereço de Talita. E muito menos sobre ela, já que Mikael não fazia idéia de seu sobrenome e etc. "Mas vou descobrir"
Enquanto pagava sua hora no balcão um sujeito conhecido entrou.
- Mikael, certo? - disse ele, era Ricardo
- Ah, você - apertaram as mãos.
- Então. Surreal, não é?
- Sim, essa deve ser a melhor definição.
- Acredito que você também foi chamado para estar lá de volta.
- Sim. Você também? Então talvez a gente possa ir junto, rachar um taxi...
- Claro, é uma boa idéia. Vou anotar o telefone do lugar onde estou - escreveu em um cartão da lan house que tinha ali no balcão o número da pensão - Me ligue depois. Agora tenho trabalho a fazer.
Os dois se despediram, Mikael saiu e Ricardo foi para um computador no canto. Pesquisou uma forma de enviar o login e senha de seu email para seus familiares caso não o acessasse em duas semanas. Achou alguma coisa parecida, mas não parecia funcionar. Ficou lá durante duas horas tentando, e desistiu. Que programa confuso. Ou então estava com defeito mesmo. Talvez até tivesse conseguido fazer funcionar... Mas não tinha como testar.
Além dele, tinha apenas um jovem rapaz de cabelos pretos enrolados, que a cada instante olhava para Ricardo. Este prefiriu fingir que não tinha percebido. Pensou rapidamente "pode ser um ex-aluno que o reconheceu" E não era muito legal ser reconhecido e lembrado pelos incidentes do passado. Então tratou logo de sair dali. Nem percebeu quando o rapaz se dirigia ao computador onde ele estava.

Dionísio esperava no quarto. Nem sabia o que esperava, e isso o deixava ansioso. Bisbilhotou mais um pouco o quarto, e começou a escutar um toque de telefone. Era o seu celular! Seguiu o som, e encontrou em uma gaveta de uma comoda as suas roupas e o celular no bolso da calça. No visor aparecia: Virginia
Ah meu deus. - Atendeu - Alo!
- Dionísio? Até que enfim você atendeu! - Ela ria - Mas o que houve? Eu te liguei várias vezes!
- Virginia, tudo bem? É que eu tinha perdido o celular, descobri que tinha deixado da universidade...
- Ah tá. E o que tá achando de Sampa?
- Bem interessante morar aqui, mas esse friozinho é sacana hehe
- Pois é né. Olha, eu acabei tendo uma mudança nos meus planos e estou voltando hoje a noite. Será que você gostaria de dar uma volta e conhecer meu bar favorito?
Dionísio parou um pouco.
- Sabe o que é? Não posso essa noite... E você não vai estar cansada da viagem?
- Cansada? Nem. Mas se você não pode então tá...
- Mas a gente marca pra outro dia, prometo! - Imagine que Dionísio iria perder a oportunidade de conhece-la... 
- Aham, sei! To achando que você já tem uma garota aí, isso sim! - Disse brincando.
Depois de mais umas palavras, a bateria do celular acabou.
- Merda. E como sair daqui?

Talita contou para Jacques sobre a condição dele.
- E há quanto tempo isso tem acontecido?
- Não sei... Uns quatro meses.
Era de se esperar. Ele ainda estava no começo, por isso era mais agressivo e os sintomas pós-transformação eram mais intensos.
- E por que você quer injetar essa merda em mim? Pra eu me transformar é?
- Preciso testar você. É o que faremos nos próximos dias, para que você possa lidar com essa licantropia sem ter essas dores, esse cansaço, os pesadelos... E que possa saber quem você é quando se transformar.
Jacques por fim concordou com aquilo. Talvez essa mulher fosse sua única esperança. Observou o êmbolo da seringa empurrando o liquido para dentro de seu braço, dois minutos depois, sua visão ficava turva e a consciencia desaparecia.
Um homem robusto de óculos entrou no quarto.
- Silas, tome conta dele. Vai levar meia hora para que a injeção chegue a seu ápice. Enquanto isso vou dar uma olhada no outro.
Terminou de arrumar sua mochila. Ainda precisava de um tipo de arma, uma faca. Poderia roubar de alguém ali no quarto, mas não com a presença de pessoas. Um sujeito escutava musica e "lia" uma PlayBoy em sua cama. Então Mikael foi para a cozinha da pensão. Sorrateiramente, entrou e pegou uma faca afiada sem que a mulher que lavava louça percebesse.
Mas quando se virou para sair, o dono da pensão, um homem parrudo de cenho franzido, segurou a gola de sua blusa.
- Ladrãozinho de merda!

3 comentários:

walderlopes disse...

[DIONÍSIO]

"Inferno! Essa seria uma boa hora pra ter 3 metros de altura", pensou enquanto guardava o celular. Mas que diabo de lugar era esse? O tempo ia passando e ele pensava na Universidade, logo no início do novo trabalho e essas complicações.

Uma coisa o acalmava: parece que tinha vindo pra São Paulo na hora certa. Aquele "outro" que falou com ele na noite passada parecia saber bastante sobre sua condição, e ele podia -- tinha curiosidade, QUERIA -- aprender mais sobre isso. Será que era por causa desse "outro" que ele sentia o "chamado" pra vir a SP?

Lembrava que na conversa -- se aquilo podia ser chamado de conversa -- na noite anterior, o outro tinha dito um nome. Parecia um nome feminino... Tânia... Tália... Algo assim. Quem será que era esse ser?


Um tanto impaciente, vai até a porta, bate umas 4x seguidas nela e grita: "ALGUÉM AÍ PODE ME DIZER ONDE ESTOU?!"

Unknown disse...

"Pense rápido Mikael!"
- Ladrão?! Eu sou um hospede da pensão! Um parafuso da minha cama está solto e como não encontrei ninguem responsável pela manutenção aqui para me emprestar uma chave de fenda vim pegar uma faca para tentar apertar o parafuso com ela mesmo.

"Espero que ele tenha acreditado" pensou Mikael segurando a faca firmemente pronto para atacar a garganta dele caso a resposta a sua desculpa seja negativa.

(Ações de Mikael)

1 - Caso acredite na mentira vai até o quarto com o dono da pensão e mostra a cama ruim para ele, mesmo a cama não estando ruim Mikael reclamaria e pediria as contas da pensão, caso não acredite Mikael tentará destrai-lo de sua mão e quando ele não esperar vai dar uma facada no dono da pensão tentando matá-lo, qualquer testemunha deve ser eliminada.

2 - Caso a mentira der certo ao sair da pensão Mikael pegará suas coisas e vai dar uma volta por possíveis pensões onde possa ficar caso Talita não o abrigue e depois vai para a casa dela.
Caso seja obrigado a lutar e ganhar vai até o balcão da recepção e vai pegar qualquer coisa que leve a ele, livro de hospedes, etc... e então pegará suas coisas e irá direto para casa da Talita.
Caso lute e estiver perdendo vai fugir pulando sobre a mesa da cozinha, subir as escadas, pegar sua mochila e fugir pela janela, despistar qualquer perseguidor e ir para Talita contar o que aconteceu.

Felipe Nathan! disse...

"Hmm... Outro? quem seria esse outro?..."
Jacques espera... ate onde aguentar conversando com o tal rapaz...

""onde estou, o que me fazem,irao me curar?preciso de respostas...""-pensou jacques...