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Capítulo 4.3 em construção...
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terça-feira, 18 de maio de 2010

4.3 Ratos de Laboratório

 Akane Granger tinha chego a São Paulo há dois dias, e não custou-lhe muito achar um lugar para morar: Conhecia um pessoal que dividia um apartamento e foi morar com eles. Ao todo eram seis: Três garotas, contando com ela, e dois garotos, mais o gato de estimação chamado Butler. Todos eram estudantes (exceto o gato), cursando alguma faculdade ou curso técnico, e Akane, abandonando sua juventude "marginal" de ladra de pé-rapados, ou melhor, alcançando um certo nível de maturidade, decidiu que era hora de levar sua vida acadêmica a sério. Por isso foi a São Paulo, estava pensando em psicologia, que, é uma ciência instigante.
Na verdade - pensava em seu intimo - estou aqui por uma razão maior.
Sentiu um chamado, sim, e pensou que tivesse algo a ver com os acontecimentos estranhos que tem ocorrido nas noites sem lua.
De qualquer forma, era hora de voltar a estudar  - que saco - os vestibulares de inverno estavam chegando.
Julia entrou e percebeu que Akane não tinha saído da mesma página em que estava 15 minutos atrás, e riu.
- Nossa, hoje, com esse friozinho, tá horrivel de estudar né?
- Nem me fale... - Encolheu-se no seu casaco
- Ahn... Por acaso... Você tá vendo algum bico?
- Ah sim - Mal tinha tido tempo para pensar nisso, as noites de lua nova faziam com que os dias fossem doloridos e cansativos. - To vendo, antes só quero me adaptar... Sabe?
- Pode crer. - Julia sorriu, depois saiu do quarto.
Eram 15h, estava nublado e uma garoa fininha gelava o ar. Akane deciciu dar uma volta na quadra, respirar o ar puro - cof cof - lá de fora.
Talvez um emprego numa lanchonete ou num bar fosse um bom começo. Já daria pra ajudar com as contas do ap. E as inscrições pros vestibulares. 

O homem parrudo soltou Mikael.
- Tá solto é? - um pouco desconfiado
- Sim, tá fazendo um rangido chato quando deito.
- Hm, então vou dar uma olhada lá. - O homem estendeu a mão, pedindo a faca de volta. Mikael devolveu.
- Ah, sim, eu gostaria de fechar minha conta, tenho que ir embora...
O homem voltou a encará-lo.
- Mesmo? Se você vai embora, por que queria consertar a cama?
Mikael ficou sem respostas, percebeu que o homem colocava a mão no cinto na parte das costas, será que ele tinha uma arma?
Um pouco gaguejante, Mikael tentou se explicar:
- N-não, não! Eu queria arrumar, mas depois de você ter posto as mãos em mim daquele jeito, me xingado e tal, eu fiquei ofendido! E agora o senhor tá me dizendo que eu tava roubando aquela faca pra outra coisa? Como pode?! - e continuou reclamando, reclamando, o homem, confuso e envergonhado, pediu gentilmente para ele se acalmar, pedindo desculpas e oferecendo beneficios como um quarto individual, dois travesseiros, desconto, etc. Mas Mikael só queria saber de sair dali, e, nervoso e agitado, fechou sua conta.
Quando saiu, sentiu um imenso alívio. E ainda se sentia inseguro.

Talita deu três toques na porta antes de destrancá-la e encontrar Dionísio lá dentro.
- Quem é você? - perguntou ele, assustado.
- Ah, claro, vou me reapresentar. Sou Talita, nos conhecemos ontem, de um jeito muito peculiar, lembra-se?
Claro que ele lembrava. Mas essa mulher é aquele monstro?
- Sim, é tudo muito estranho, não?  Me desculpe por ter que trancar a porta, não queria que você... Fosse embora antes de eu chegar. - Sorriu - Por favor, me acompanhe.
Eles saíram do quarto e atravessaram um corredor claro e largo. A luz do dia entrava suavemente pelas janelas.
- Quero que você conheça o rapaz que te atacou ontem. Acredite, ee não fez aquilo por mal. Assim como  - parou diante de uma porta e olhou para Dionísio - você não ter matado algumas pessoas anos atrás por mal.
Dionísio sentiu a espinha gelar quando ouviu essas palavras dela. Era verdade, mas também era segredo.
- Por acaso - ele riu modestamente - eu tenho sido observado?
Talita concordou não verbalmente, e abriu a porta.
Dava para um quarto que possuia correntes nas paredes, mas que não tinha um aspecto de masmorra. Acorrentado e sentado no chão, um rapaz de cabelos negros compridos, sem a camisa. Ele olhou ofegante para os que entraram.
- Este é Jacques. Jacques, este é Dionísio, ele é como você. 
O rapaz acorrentado não disse nada. Parecia fraco e cansado.
- O que ele tem?
- Nada, eu apenas injetei uma substância que faz ele se transformar.
- Pra que isso?! - Para Dionísio isso era um tipo de tortura.
- Calma, ele vai ficar bem. E eu só quero ajuda-lo. Claro que, antes, eu tenho que  saber como ele é.
Nisso os olhos de Jacques ficaram vivos, a pupila extremamente contraída e a íris amarelada. Seus caninos começaram a crescer e seu corpo tremia enquanto os pelos cresciam. Dionísio ficou estupefato, e mais ainda quando os ossos do rapaz começaram a estalar e sua estrutura física mudou - aumentou!
Em pouco menos de um minuto, uma criatura furiosa surgiu na frente deles. Dionísio sentiu medo. Como é que aquelas simples correntes aguentavam aquele monstro?
- Ele não vai conseguir nos ferir. - disse Talita, calmamente.
- Espero que não.
Jacques, sem consicencia do que estava fazendo, tentava se soltar daquelas amarras e pegar os dois, sem sucesso.
- Veja. Sem racionalidade. É assim no começo. Foi assim com você também, Dionísio.
- Eu sei. E me lembro bem.
- Meu objetivo é fazer com que esse jovem aprenda a dominar essa transformação. O mais rápido possível. Também quero trabalhar isso com você. E quero que você me ajude com os outros que virão.



3 comentários:

Unknown disse...

Mikael estava aliviado por ter saido dali sem maiores problemas, estava sem entender o próprio comportamento de ultimamente, quando ele tinha ficado sem resposta antes em uma situação tão facil? Quando teve que gaguejar perante alguem tão patéticamente? São Paulo não estava fazendo bem para ele...

Por outro lado estava cansado desta vida normal e sem graça e ainda mais depois dos ultimos acontecimentos pensava que tinha que agarrar está chance que Talita lhe oferecia com tudo.
Estava quase na esquina destinado a ir diretamente a Talita quando se lembrou de que tinha pegado o número de Ricardo na lan house e resolveu ligar para ele e marcar de irem juntos para a casa de Talita, quem sabe ele concorde com seu ponto de vista de que está é a oportunidade de suas vidas e que tem muito proveito a tirar disso se conseguirem manter a consiência durante a transformação.

walderlopes disse...

[DIONÍSIO]

Dionísio ficou parado por alguns segundos olhando para Jacques em toda aquela fúria. Lembrava-se pouco, mas lembrava alguma coisa, da confusão que era no início, quando ele também começou a sofrer as transformações. Ainda hoje era confuso, não tinha total domínio sobre o que acontecia, mas já estava mais tranquilo, já sabia que alguma coisa acontecia com ele há algum tempo.

Ainda preocupado com toda a situação, ainda sem conhecer exatamente essa mulher, Talita, que tanto sabia sobre ele, mas certamente penalizado com a situação do jovem à sua frente, procurou esquecer um pouco da Universidade -- afinal, era apenas uma desculpa para vir a São Paulo, e se o "chamado" que sentia vinha de toda essa situação, vinha de Talita, bem... Então a primeira etapa de seus objetivos estava concluída.

Agora devia agarrar a oportunidade e aprender mais sobre ele mesmo e esses outros.

Ainda olhando pra Jacques, respondeu o convite de Talita:

-- Não sei quem é você e nem exatamente porque estou dizendo isso, mas pode contar comigo.

Molina disse...

Não sei exatamente como tratar uma conversa de telefone. Ricardo procura concordar com Mikael e conseguir um aliado.

[Ricardo]