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Capítulo 4.3 em construção...
4 Jogadores

quarta-feira, 21 de abril de 2010

2.3 Chamado

Seu sangue ferve de raiva. Velho maldito. Quanto mais procura o velho, mais nervoso fica. Chega ao ponto de não se importar com as pessoas ao seu redor, empurra, bufa, e ignora aqueles que o xingam. Já está escuro, mau sinal. Mikael tem pouco tempo até que se transforme em uma besta sanguinária novamente.
Sente que seus sentidos começam a ficar alterados, a visão é mais pontual, a audição mais aguçada. Por um momento de racionalidade, espera que sua aparencia ainda não tenha mudado.
Policiais observam sua trajetória a certa distancia. Calma.... Diz para si mesmo. Ao perceber o olhar dos tiras e a situação em que se encontra, procura se esconder em um beco. Uau, lá tem uns mendigos, quem diria... Olha bem para cada um deles, procurando o velho que o roubou. Os que estão mais proximos o encaram, quietos. Até que encontra: um mendigo que fuça um saco de lixo tira de lá uma carteira, a sua carteira.
Decididamente, Mikael vai até ele, puxa-o pelo colarinho e arranca a carteira de sua mão.
- Da onde você tirou esse saco de lixo onde tava a MINHA carteira?!
- E-eu não sei, senhor! Já tava aqui! - fechou os olhos, esperando levar um murro.
Aquele não era o ladrão, não precisava apanhar. Mikael o largou no chão.
Na saída do beco, dois policiais o abordaram.
- Identificação.
Que sorte. Abriu a carteira ali estava seu passaporte.
Depois que os policiais foram embora, percebeu que estava tudo ali dentro. O dinheiro, o Peso argentino da sorte... enfim, não tinha muita coisa. Então, no bolso das moedas, encontra um bilhete escrito à mão com letras de forma. Tinha um endereço, mais a nota "Esteja aqui o quanto antes, Mikael"
Peculiar. 

 Ricardo leva pouca coisa, sua carteira e seu bloco de notas. A viagem de ônibus é mais demorada, mas mais em conta. No entanto, já está ficando escuro, é bom se afastar do centro rápido. A dor de cabeça faz com que ele escolha ir de taxi, de preferencia com um taxista mudo.

Tranca sua porta com duas voltas. Para que os vizinhos não se incoomdem com possiveis ruídos estranhos, arrasta o colchão até o banheiro e o tranca também. O cochão mal cabe ali, fica encurvado. Deita-se e espera algo acontecer... Seu celular toca, é Virginia, mas não pode atender, desliga o aparelho.

O taxista parece estar dando mais voltas do que o necessário. Mas Ricardo está zonzo, enjoado, com dores em todo o corpo, mal percebe, ou, se percebe, não tem forças para questionar.
- Ei, mano... Tem certeza de que não quer que eu te leve pra um hospital?
- N-não. - murmura, com rancor
Passados poucos minutos, o taxista se incomoda com os grunhidos do banco de trás. 
- Tudo bem aí? - Olha pelo retrovisor, Ricardo está cabisbaixo, com as mãos no rosto.
- Pare de me enrolar. - sua voz pareceu um pouco alterada - Eu sei que você está me enrolando, se não chegarmos logo, você vai se arrepen...der... - Ricardo treme, tenta se controlar.
O taxista, assustado, acelera.
Até que não dá mais. Ricardo, já quase fora de si, se debate no banco de trás, agarra o pescoço do homem.
- O-o que.. você está fazendo?? - engasga - Já tamo quase chegando!
A parte humana de Ricardo tenta se segurar, briga com a besta dentro de si.
- Faço a corrida de grátis! Para, por favor! - O taxista pega seu revolver no porta luvas, Ricardo segura seu pulso, DISPARO! No teto do veículo.
Perde o controle, o taxi bate em um poste.
O bairro é pouco movimentado, alguns curiosos se aproximam.
Ricardo sai cambaleante do carro, mais consciente. A pancada deve te-lo feito acordar. Evita as pessoas, dispensa ajuda.

4 comentários:

walderlopes disse...

[DIONÍSIO]

*Contorcendo-se (ou não) no banheiro do hotel*

Unknown disse...

Certo... algo está muito errado aqui, como ele sabia que eu iria encontrar a carteira aqui e por diabos ele pensa que eu vou até este endereço?
Se bem que da maneira que estou ir para a casa pode resultar em algo ruim já que estou em um quarto comunitário... uma passada pela frente do endereço não vai fazer nem um mal se eu for cauteloso... quem me dera ter pego a pistola daquele assaltante na rodoviária...

(Mikael) vai até o endereço,se for perto andando, se for longe de táxi e pede para parar uma quadra antes para não causar desconfiança, se começar a sentir que está perdendo o controle pede para sair do táxi na hora e vai para um beco. Lá observa o movimento de longe, se possível sobe em um prédio ou loja do outro lado da rua onde tenha uma boa visão, só se aproxima em último caso.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Molina disse...

[Ricardo]
Ricardo começa a andar mais rápido. Em pouco tempo é mais um na multidão. O incidente trás más lembranças. Ele estava dando aula, os alunos estavam incomodando como sempre. Ele só estava fazendo o seu trabalho, mas eles não queriam deixar. Sem pensar ele atirou um livro na cabeça de uma aluna e começou a gritar. Quando percebeu, a sala estava parcialmente destruída e quatro homens estavam segurando ele. Ricardo foi enviado para tratamento em uma casa de repouso. Ele não vai voltar para aquele lugar! Nunca! Ele só precisa se controlar e manter o foco. Qualquer um se irrita com um taxista e todo mundo tem dor de cabeça, isso não significa que ele esteja louco. Uma caminhada vai resolver tudo. Ele seca o suor do rosto e tenta se localizar. A casa não deve estar muito longe dali.